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Teoria da Forma V



Forma


A forma é a zona do campo visual que cobre a estrutura, preenchendo e isolando-a, das demais.


Uma “boa forma” é aquela que mais facilmente se identifica com um conjunto de formas, ou seja, as mais simples, regulares, simétricas e equilibradas. Assim, quanto mais próximas forem das formas geométricas básicas, mais simples se torna a sua compreensão ao olho humano.


Diferentes orientações formais para um mesmo objecto, podem alterar a percepção formal do mesmo. A sinalética rodoviária, por exemplo, obedece a um conjunto de normativas formais, pois a simples alteração da dimensão ou forma de um símbolo pode induzir o observador em erro.









Relação Forma - Fundo / Forma - Campo


Por que razão vemos as formas e não os vazios entre elas?


O fundo é o que podemos chamar de campo visual. Caracteriza-se por ter um carácter homogéneo, funcionando como complemento à forma. O campo visual estrutura-se de modo a estabelecer relações com a própria posição que ocupa no espaço real (mais à direita ou mais à esquerda).


Tendemos muitas vezes a considerar como forma as figuras situadas em primeiro plano, ficando o fundo por detrás. Existem formas que também são fundo como são exemplo alguns trabalhos de Escher. A dimensão visual dos objectos, pela localização espacial que ocupa, condiciona o modo como estes são percepcionados.










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Teoria da Forma IV























Estrutura


A estrutura corresponde ao esqueleto que serve de base articulativa ou de suporte à forma, ou seja, é através desta que se estabelece uma relação de harmonia entre as duas, estrutura / forma.


Para os defensores da teoria de Gestalt, a estrutura define a forma como as partes se organizam em relação ao todo. Corresponde a um conjunto de elementos orientados por um esquema de ordenação comum, de tal modo crucial para a sua estabilidade e correcto funcionamento, que a mudança de uma parte, influência o todo transformando-o, assumindo uma configuração distinta.




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Teoria de Gestalt - Percepção Formal

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Teoria da Forma III




























Campo perceptivo

Decorre da dimensão espácio-temporal e possui características inalteráveis em todos os seus pontos, sendo o suporte de vários fenómenos visuais. Um filme, por exemplo, acontece em determinado espaço e numa linha temporal específica, do mesmo modo que uma mesa, ou uma tela poderão ser o campo visual das formas que se encontram sobre ela ou nela representadas.



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Teoria da Forma II


















Ilusões ópticas

Nem sempre o que vemos corresponde à verdadeira forma das coisas. Muitas vezes a visão que temos de determinado objecto sobrepõe-se ao conhecimento que temos do mesmo. Estas imagens denominam-se de ilusões ópticas.




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Sobre a Percepção Visual

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Teoria da Forma (Gestalt Theorie) I


A palavra gestalt em alemão, significa forma global.
























Percepção

“Percepção é a tomada de consciência que fazemos do mundo exterior através da observação e do conhecimento dos objectos e de tudo o que tenha estimulado os nossos sentidos”
(Attilio Marcolli, citado por Lage & Dias, 2001)

É através dos sentidos que o homem apreende a realidade, embora toda a informação seja descodificada pelo cérebro. O que resulta numa interpretação subjectiva pois a mesma coisa é entendida de modo distinto por cada individuo, alterando-se de acordo com as associações estabelecidas relacionadas com a experiencia pessoal.



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Sobre a Ergonomia




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Ergonomia II

Breve enquadramento histórico da Ergonomia

A Ergonomia foi instituída como ciência a 12 de Julho de 1949, numa reunião de psicológicos, fisiologistas e engenheiros, com o objectivo de conseguir adaptar o trabalho ao homem. Em 1950, o mesmo grupo de profissionais propôs a terminologia desta nova ciência, constituída pela junção/ relação de dois termos gregos: ergon (trabalho) e nomos (regras ou leis naturais).

Quando, na Pré-História, o homem utilizou pela primeira vez a pedra, a madeira, o osso, fê-lo seleccionando, o formato e o material em função das características da matéria, do efeito que pretendia atingir (força, precisão, etc) e das suas condições anatómicas específicas, revelando, implicitamente, preocupações ergonómicas.





















No Renascimento, Leonardo da Vinci estudou o corpo humano e os seus movimentos, aplicando os princípios da biomecânica nas suas criações.
Podemos, então, afirmar que esta ciência nasce das necessidades humanas, pois desde sempre procurou-se, através da experiência, adaptar as formas da Natureza, à natureza e anatomia do homem.

Em 1915 (durante a 2ª Guerra Mundial), foi criada, em Inglaterra, a Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições, que avançou, mais tarde, com pesquisas sobre posturas no trabalho, iluminação, ventilação, carga manual e treino, com vista a melhorar o desempenho dos trabalhadores, reduzindo a fadiga e os acidentes de trabalho.
















A Ergonomia tem acompanhado, implicitamente, as diferentes épocas, movimentos artísticos e produtos criados pelo Homem ao longo de toda a sua existência. Porém, apenas na segunda década do século XX, os conceitos ergonómicos foram colocados em prática no Design, por Dreyfuss (um dos criadores da disciplina de ergonomia).




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Ergonomia I




























Definição e Objectivos

“A ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento.” (Lage & Dias, 2001, p. 38)

Apesar de existirem múltiplas definições para a Ergonomia, alguns conceitos encontram-se sempre presentes, tais como a segurança e eficiência dos sistemas produtivos e o bem-estar, conforto e satisfação do trabalhador.

Segundo Wisner (1972), “A ergonomia pode definir-se como o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para conceber utensílios, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficácia.” De acordo com esta definição, podemos considerar como objectivos principais desta ciência: o bem-estar do trabalhador e a sua segurança e satisfação na interacção com os sistemas produtivos.






Para a Universidade do Minho, a Ergonomia consiste no “estudo da relação entre o homem e a sua ocupação, o equipamento e o ambiente em que decorre a sua actividade profissional, e a sua aplicação de conhecimentos no domínio das ciências humanas (Anatomia, Fisiologia, Psicologia) por forma a obter a humanização do trabalho.” (Lage & Dias, 2001, p. 41)





Desta forma, a Ergonomia ocupa-se do estudo das características anatómicas, fisiológicas e picológicas dos utilizadores (comportamentos, capacidades e limitações), em relação com os produtos, sistemas e ambientes, de forma a harmonizar a relação entre os sistemas, homem-máquina e homem-ambiente, e com o objectivo principal de atingir uma maior eficácia e segurança dos sistemas em conjunto com o bem-estar e satisfação dos utilizadores.


































Ergonomics Virtual Reality ergonomic studies


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Escultura Biomorfica

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Biomorfismo













O Biomorfismo caracteriza-se pela distorção, meramente decorativa, das formas do mundo natural, contrariando, desta forma, o Organic design, que, ao recolher informação da natureza, tenta captar a sua essência abstracta.

O Biomorfismo tem acompanhado, não só, alguns estilos do século XX, como também muitos outros estilos de períodos anteriores, como por exemplo o Barroco e o Rococó.























O final do século XIX, caracterizou-se por grandes evoluções a nível da com-preensão das ciências da natureza, assim como, a passagem para o século XX foi, também, marcada por um crescente interesse na área da botânica, expresso nas formas biomórficas que os designers adoptavam, mais especifica-mente dentro da Art Nouveau.

Os motivos biomórficos utilizados, iam desde os espiralados em forma de trepadeira, formas vegetais alongadas e assimetrias, até outras formas que sugeriam uma mistura de elementos naturalistas.

Os estilos dos anos 50 surgem frequentemente associados a estas formas kitsch, que influenciaram igualmente, outras criações, como é o caso do design de automóveis, orientado, por vezes, para formas biomórficas e orgânicas progressistas.


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Sobre a Biónica

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Biónica





















Segundo Bruno Munari, “a biónica estuda os sistemas vivos, ou assimiláveis aos vivos, e tende a descobrir processos, técnicas e novos princípios aplicáveis à tecnologia.
Examina os princípios, as características e os sistemas com transposição de matéria, com extensão de comandos, com transferência de energia e de informação. Toma-se como ponto de partida de um fenómeno natural e a partir daí pode desenvolver-se uma solução projectual.”






















Aliando a sua inteligência ou capa-cidades de raciocínio, à criatividade e inspiração directa que o meio envol-vente lhe oferece, o homem tem sobrevivido ao meio ambiente estu-dando os sistemas vivos que o compõem, de forma a descobrir novos princípios e processos de aplicação à tecnologia.































Para o domínio do design e da engenharia, a biónica, enquanto ciência que estuda os sistemas do mundo natural, com o objectivo de extrair e aplicar esses conhecimentos e sugestões na criação de sistemas artificiais, torna-se imprescindível. Estamos perante o conceito de biodesign, quando a solução para um projecto de design, é apoiada pela biónica.
































Biónica aplicada às Artes Visuais

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Função

























A função de uma dada forma reside na capacidade utilitária para a qual esta é concebida. A relação entre forma - função, resulta da necessidade humana que ela satisfaz e as correspondências que mantemos com as formas, manifestam-se de três modos distintos: prático, estético e simbólico.



- No que concerne à função prática, há que ter em conta objectos como o garfo, cuja forma se relaciona directamente com o uso ou função a que se destina.



- Diz-se que uma forma opera no campo da estética quando, esta opera somente nas dimensões artísticas inerentes ao processo criativo.



- O carácter simbólico de uma forma está associado à dimensão subjectiva que aplicamos a dado objecto, como uma aliança, que para além de uma liga de ouro, tem também, uma função simbólica ao nível afectivo.




Relação forma / função na moda - Hussein Chalayan





Arne Jacobsen - Egg Chair


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A Natureza no Design

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Forma

“A forma, no sentido estrito da palavra, não é outra coisas que a delimitação de uma superfície. É esta definição do seu carácter exterior. Porém, toda a coisa exterior encerra, necessariamente, um elemento interior. Cada forma tem, pois, um conteúdo interior. A forma é a manifestação desse conteúdo. (…) Compreende-se que a delimitação da forma somente pode ser conseguida satisfatoriamente quando a forma manifesta, da maneira mais expressiva, o seu conteúdo interior.”

Wassily Kandinsky
















A forma deve ser entendida na sua totalidade como um meio de organização e construção do espaço e da matéria. As suas manifestações registam-se através da representação gráfica de vários elementos como, o ponto, a linha e o plano e as suas propriedades visuais são visíveis na estrutura, nos contornos, na cor e na textura. Elementos relativos às noções de claro-escuro e variação de tom também contribuem para a definição de forma. De um modo geral, quando associados à forma estes elementos assumem uma outra dimensão, que passamos a descrever:
  • A estrutura é o esqueleto, é o que sustenta a forma;
  • A linha uma vez desenhada transforma-se num elemento formal, o traço;
  • Os contornos, são linhas que representam os volumes da forma;
  • Textura é uma das características da superfície das formas;
  • A cor, a variação de tom e o jogo de claro-escuro, e os seus contrastes ajudam à percepção da forma.

A forma está presente em tudo o que nos rodeia, seja num desenho, numa pintura, numa escultura, ou num objecto de design que usamos intuitivamente no nosso quotidiano.
Existem formas naturais e formas artificiais, a diferença básica entre elas reside no facto da primeira ter um carácter espontâneo ao passo que, as artificiais, são o resultado da intervenção directa do homem.




A percepção da forma na arquitectura



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Tipos de Estruturas III

Estruturas modulares

Todos os organismos e objectos devem à sua estrutura, a consistência e funcionalidade das suas formas. No ser humano, o esqueleto constitui a sua estrutura de suporte, assim como um edifício é sustentado pelos pilares, alicerces e vigas.
A estrutura modular consiste na “organização, por repetição, de formas iguais ou similares – módulo – numa malha estrutural, que por sua vez se pode dividir em submódulos” (Lage & Dias, 2001). A estrutura originada por esta repetição, tem o nome de padrão.
As figuras geométricas que estão na base da organização das estruturas modulares são: o quadrado, o triângulo e o círculo. As malhas estruturais, construídas a partir destas três formas-base, (triângulo, quadrado e círculo), permitem organizar e estruturar a criação do padrão.
O estudo das estruturas da natureza torna-se fundamental para a criação de objectos eficientes na vida do homem, visto que as estruturas constituem o elemento essencial da determinação da forma.















A Revolução Industrial, trouxe consigo o desenvolvimento da produção em série e da estandardização, que permitiu novos sistemas de construção, caracterizados pela utilização de peças pequenas, de fácil transporte e montagem. Walter Gropius explorou em construções prefabricadas e no próprio edifício da Bauhaus, pela primeira vez, a arquitectura como sistema de construção modular.

No domínio do design industrial, a utilização das estruturas modulares permite:

- a nível funcional: atingir uma maior facilidade a nível da produção, montagem e manutenção; diversidade na utilização e variação;

- a nível económico: reduzir o tempo de fabrico, a mão-de-obra utilizada e a montagem (o que permite uma redução dos custos); produzir em série e normalizar a produção;

- a nível estético-formal: alcançar uma maior simplicidade e facilidade na criação de ritmos, etc;


Estrutura Modular 3D


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Tipos de Estrutura II














No que concerne aos tipos de estruturas, estas podem dividir-se em:

Estruturas bidimensionais - são orientadas segundo as duas dimensões (largura e altura) do plano de representação e compõem-se por formas geométricas poligonais (triângulos, quadrados, pentágonos, hexágonos, etc.).

Estruturas tridimensionais - têm, por sua vez, três dimensões espaciais (largura, comprimento e altura), estabelecendo uma inter-relação com o espaço envolvente.

Estruturas simples e complexas – as estruturas simples desenvolvem-se a partir de módulos de formas iguais ou semelhantes, enquanto que, as estruturas complexas desenvolvem-se a partir de módulos de duas ou mais formas diferentes. Ambos estes tipos de estrutura podem ser naturais ou criados pelo homem.














Estruturas regulares e irregulares – as estruturas regulares são aquelas em que a repetição dos módulos é ordenada e constante; as estruturas irregulares possuem uma organização modular desordenada e inconstante ou sofrem deformações. Estas estruturas podem ser naturais ou criadas pelo homem.


Estrutura regular aplicada à moda


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Estruturas dinâmicas - Theo Jansen

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Tipos de Estruturas I

O estudo da relação forma-espaço permite-nos distinguir quatro tipos de estrutura:














Estrutura espacial – consiste na organização do espaço ou plano de representação do espaço, de modo a receber a forma ou composição formal.

Estrutura interna – consiste na organização interna da forma, conferindo-lhe uma configuração externa e resistência, enquanto corpo tridimensional.























Estruturas naturais – são únicas e espontâneas, suportam ou originam formas naturais (animais, vegetais e minerais) e nunca se repetem do mesmo modo. Estas estruturas estão relacionadas com a sobrevivência e com as relações ambientais das espécies.

Estruturas artificias - produzidas pelo Homem, têm como referência as estruturas naturais, resultando eficazmente de estudos, cálculos e experiências que dão origem a formas artificiais estético-funcionais. Estas estruturas ajudam o Homem na resolução de problemas do seu quotidiano, (resistência, possibilidade de multiplicação ou simplesmente por razões estéticas), aperfeiçoando a nível estético, funcional, resistente e estável a estrutura final pretendida.

Tanto as estruturas naturais, como por exemplo a estrutura óssea, que suporta o corpo, como as estruturas artificiais, como é o caso das estruturas metálicas que sustentam edifícios, são constituídas por um conjunto de várias partes, não autónomas (módulos), que compõem um todo. A repetição dos módulos, segundo determinada ordem, dá origem ao padrão que, consequentemente, organiza uma estrutura modulada.



Estrutura natural aplicada à Robótica



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Estrutura, Forma e Função












A palavra estrutura deriva do termo latim struere ou structura, que significa construir. Segundo Henri Laborit, citado por Faleiro & Gomes (2008, p.81), “a estrutura é um conjunto de relações existentes entre os elementos de um todo. Estruturar consiste em tentar estabelecer o conjunto dessas relações”.
A estrutura é a base formal de todas as representações, simples ou complexas, independentemente da matéria que a constitui, dos instrumentos que a executam e do espaço que a acolhe. Neste sentido, a estrutura consiste no esqueleto interno da forma bidimensional ou tridimensional, que agrupa e sustenta as formas.
Todas as formas que nos rodeiam, naturais ou artificiais, possuem uma estrutura, formada por linhas de força, visível ou não, que condiciona a forma física dos corpos. A repetição lógica de elementos representativos básicos (módulo), organizados segundo uma determinada sequência, estabelece elementos de ligação comuns, dando origem à estrutura. Estes elementos básicos, modelam o espaço interno da forma e definindo a sua configuração geral, dando a noção de consistência e unidade formal.Estruturar é, deste modo, o estabelecer de um conjunto de relações lógicas entre as partes que organizam e sustentam uma determinada forma e o seu todo.



Estrutura,  Forma e  Função - Campana Brothers at Vitra Design Museum


 
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Segundo Emilia Nadal (1999)

"Uma verdadeira educação visual que relaciona a percepção objectiva e a percepção subjectiva, permite reconhecer os sinais, interpretar as linguagens e descodificar as mensagens (...) Quem não aprende a ver, dificilmente saberá analisar as imagens..."